"MAIS VIVO DO QUE NUNCA"

Sinopse

Mais vivo do que nunca é a idealização de um teatro espírita que ao mesmo tempo em que se pretenda didático, busca o entretenimento saudável. Aborda temas complexos e profundos, relativos à Lei de Causa e Efeito, mas com a simplicidade externada pelas personagens que se humanizam, universalizando as características expostas na trama.

O espetáculo é norteado para a exposição da problemática dos espíritos que, desencarnados, não conseguem ascender a níveis mais altos de espiritualidade e se detêm por longo tempo presos aos seus interesses terrestres, paixões e dívidas. A ignorância das leis que regem o universo, ignorância da Lei do Amor, é abordada sob o ponto de vista dos espíritos superiores, representados pelo instrutor Jardel, que tem Zuka, uma moça simples, nordestina recém-desencarnada, como aprendiz.

Em outro núcleo cênico, está a casa espírita. Ali, Madalena, mentor espiritual da casa, cuida das questões inerentes à estabilidade espiritual do lugar para que os trabalhos de atendimento continuem funcionando.

Em determinado momento, os núcleos se unem e as vertentes narrativas se direcionam a um único ponto: a reunião na casa espírita para onde são levados os espíritos do umbral, que deverão receber palavras de ânimo e esperança no desfecho da história.

Com, aproximadamente, uma hora e meia de duração, o espetáculo promete, com muito riso e diversão, tematizar e esclarecer questões complexas que fazem parte da vida do homem e cuja compreensão e resolução transcendem o mundo físico.

Vale ressaltar que, ademais dos espaços demarcados para a localização da trama, o tempo é fator importante: Mais vivo do que nunca tem sua localização temporal contemporânea. Acontece em nosso tempo. Isso gerou a criação de um figurino, embora extravagante em alguns personagens, familiar para a maioria das pessoas.

Com ares de teatro pós-moderno, o recurso utilizado para a troca de cenários compõe um quadro independente e descompromissado com os vieses narrativos. Sanderléia e Wanderléia, duas criaturas caricaturadas como empregadas - não se sabe de quem ou de onde - entram em cena para a troca de cenário e dão vazão ao imaginário coletivo que denota medo dos mortos. Brincam com essa questão e costuram as cenas que dependem de componentes diferentes para suas montagens.